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Ele chegou de mãos dadas com a esposa, Maria João Salgado, com passos lentos e limitados, calçando tênis slip-on azul. Foi assim que Ricardo Salgado percorreu um pequeno caminho de pedra até à entrada do edifício A do Campus da Justiça, em Lisboa, que durou mais de cinco minutos.
Sem proteção policial, e com um grupo de jornalistas, fotógrafos e câmaras de vídeo à sua volta, o ex-banqueiro, agora com Alzheimer, empreendeu uma viagem ainda mais longa porque um homem ferido do Banco Espírito Santo apareceu à sua frente.
No tribunal ele se identificou, deu respostas inespecíficas (sabia o nome dela, foi confundido com o nome de uma de suas mães), saiu e foi impedido de retornar.
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