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As horas estendem-se ao longo das estradas entre a Ucrânia e os países vizinhos. Apenas as ligações terrestres estão operacionais. Horas presos em cabines claustrofóbicas. Viva a paisagem que voa lá fora. Duas meninas mais novas que os dedos das duas mãos juntas são uma alegria. Vida. Trem do riso lá fora. A mãe acredita que quem balança ali se sente incomodado. Eu também arraso. Não esqueço os céus instáveis, os ataques violentos por onde vamos. Céus que, dias antes, destruíram parte do maior Hospital Infantil da Ucrânia. E o mundo mais uma vez aceita atrocidades como esta. O trem balança. Estamos todos ótimos.
Kyiv, amanhã. Pé na plataforma. Uma pessoa me espera: – ‘Estamos em alerta aéreo. O que você quer fazer?’
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