Academia, debate público e sociedade civil empobreceram com a morte de André Freire, diz Marcelo

Academia, debate público e sociedade civil empobreceram com a morte de André Freire, diz Marcelo
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Esta quarta-feira, o Presidente da República lamentou profundamente a morte do cientista político André Freire e considerou que a academia, o debate público e a sociedade civil empobreceram, mas o seu trabalho vai perdurar. O professor e cientista político André Freire morreu hoje, aos 63 anos, após uma intervenção cirúrgica num hospital de Lisboa.

Numa mensagem publicada no site oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que recebeu a notícia do falecimento do professor e investigador “com profundo pesar”. “A Academia, o debate público e a sociedade civil empobreceram hoje, mas o enorme trabalho que nos deixou vai perdurar”, considera o Chefe de Estado.

O Presidente da República recorda “a relação pessoal de muitos anos” com André Freire e “apresenta as mais sentidas condolências à sua família, aos seus amigos e ao Instituto Universitário de Lisboa”.

Professor e diretor do Departamento de Ciência Política do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (IUL) desde 2015, André Freire é autor de vários livros sobre atitudes e comportamentos eleitorais, o último dos quais foi “Eleições, partidos e representação política”, apresentado na segunda-feira. -justo.

Segundo a sua nota biográfica, foi um dos pioneiros na criação de estudos eleitorais em Portugal, baseados em inquéritos de opinião pós-eleitorais, em 2002 e 2005.

Nascido em Lisboa em 1961, André Freire licenciou-se em sociologia em 1995 no ISCTE-IUL – Instituto Superior Ciências Trabalho e da Empresa. Nove anos depois, em 2004, concluiu o doutoramento em Ciências Sociais na Universidade de Lisboa.

Publicou mais de 30 livros, como autor ou co-autor, um dos primeiros em 2002, sobre abstenção eleitoral, seguido de “Esquerda e Direita na Política Europeia”, em 2006, “Austeridade, Democracia e Autoritarismo” e “Da ‘gadget’ à Maioria Absoluta”, em 2023.

Politicamente, participou nas primárias para ser deputado pelo Livre/Tempo de Avançar nas eleições legislativas de 2015. Foi colunista de jornais como o Público e o Jornal de Letras e comentador da RTP.

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