“Alexei Navalny não era um político por natureza, era um homem de fortes convicções e por um momento acreditou-se intocável”

“Alexei Navalny não era um político por natureza, era um homem de fortes convicções e por um momento acreditou-se intocável”
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Uma fé invencível terá retribuído aqueles que tentaram matá-lo. O adversário mais famoso de Putin nos últimos anos, o advogado e ativista político Alexei Navalny, regressou à Rússia convencido de que O ditador que ele queria depor não teria coragem de colocar sua vida em riscode novo. Não foi isso que aconteceu.

Em janeiro de 2021, assim que desceu do avião, já recuperado da tentativa de envenenamento que sofrera cinco meses antes, Navalny caiu nas mãos da máquina opressiva do regime que ele procurava derrubar. O que se seguiu foi um longo tormento, que terminou com a sua morte, 16 de fevereiro de 2024, em uma prisão de segurança máximano Ártico. Prémio Sakharov 2021, Navalny teria começado a escrever a sua autobiografia nessa altura, que está agora a ser editada pela família. Chama-se “Patriota” e será lançado mundialmente em 22 de outubro.

O Expresso garantiu em exclusivo a pré-edição de um dos seus capítulos (que será publicado na próxima edição), e conversou com a editora, Ana Luísa Calmeiro, responsável pela preparação da edição portuguesa (Ideias de Ler), tendo em conta que foram seguidos regras de segurança muito específicas. O livro é apresentado como “a última carta de Navalny ao mundo”, e nele você pode ler “a história dos últimos anos que passou na prisão mais cruel do planeta”.

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