Existem zonas na praia algarvia onde a acumulação de algas atinge um metro e meio de altura. Concentram-se principalmente em Portimão e na praia do Vau. As primeiras chegaram com as duas tempestades e depois continuaram a chegar com as marés vivas da semana passada.
«São algas muito resistentes, depois de secas não emitem cheiro, não criam moscas como antes e são algas que, segundo me disseram, reproduzem-se facilmente», explica Álvaro Bila, presidente da Câmara de Portimão.
A Câmara Municipal ainda espera que as marés vivas levem embora o que trouxeram, mas terá de enviar maquinaria pesada. Sem equipamentos para fazer face a esta quantidade de algas invasoras, Portimão teve de criar um orçamento específico para fazer face ao problema. Muito disso foi gasto antes mesmo deste novo episódio.
“O procedimento que realizamos na íntegra custa R$ 50 mil. Neste momento já concluímos mais de metade deste processo e, por isso, agora queremos retirar o resto mas esperamos que no final do ano não haja mais”, afirma Álvaro Bila.
No verão, a praia do Vau teve de fechar durante dois dias para que um camião pudesse fazer 1.200 viagens de remoção de algas da praia. Essa nova onda chegou depois da alta temporada, mas com turistas ainda na região.
“É bom porque há muitas praias por aqui que são boas, mas há muitas que já o são”, diz Jonh Parter, turista.
“Normalmente aquele cantinho lá atrás, chamado de mirante, está sempre limpo. Um terço da praia está sempre disponível”, explicou Antonio Rita, morador
uma plataforma“algas na praia”criado pela Universidade do Algarve para monitorizar estas situações, identificou três zonas de acumulação diferentes ao longo da costa.
Entre Faro e Albufeira, as algas invasoras são vermelhas e vêm da Austrália. A sotavento existe uma alga verde, nativa das nossas águas. Esta alga, nativa do Japão e da Coreia, e ainda sem uso conhecido, acumula-se principalmente a barlavento e tem vindo a aumentar em extensão.