As universidades europeias estão a ser ultrapassadas pelas asiáticas, diz o O ranking universitário mundial 2025 publicado nesta quarta-feira por Tempos de ensino superior. Entre as mais de duas mil universidades avaliadas, 91 instituições europeias conseguiram atingir as 200 primeiras posições, uma diminuição face à situação de 2019, quando 99 conseguiram ocupar estas posições.
Os dez primeiros lugares continuam a ser dominados pelas universidades britânicas e norte-americanas, com três e sete instituições a ocuparem estas posições, respetivamente. Contudo, as universidades de Tsinghua e Pequim, ambas chinesas, estão muito próximas de entrar no ‘Top 10’, ocupando este ano as 12.ª e 13.ª posições, enquanto o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETHZ) ocupa a 11.ª posição.
Portugal, por seu lado, conseguiu manter as suas posições na tabela, com poucas alterações face ao ano anterior – a Universidade de Coimbra continua a ser a instituição portuguesa mais bem colocada, seguida pelas universidades de Lisboa e do Porto, todas elas em a faixa entre os lugares 400 e 500. A Universidade Nova de Lisboa também conseguiu manter a sua posição: está na faixa 501 a 600.
A grande diferença este ano foi a promoção do ISCTE, que superou a Universidade de Aveiro e a Universidade da Beira Interior. Todas elas entre as 800 melhores universidades. A Universidade do Minho também conseguiu manter a sua posição na tabela.
Liderança de Oxford e o pelotão asiático
Pelo nono ano consecutivo, a Universidade de Oxford conseguiu ocupar o primeiro lugar, seguida pelo norte-americano MIT (Massahcussetts Institute of Technology). Completando o pódio está a Universidade de Harvard, também nos Estados Unidos. Entre os países europeus, o Reino Unido é o mais bem representado, com 107 universidades no ranking, seguido da Itália e da Espanha com 55 cada e, por último, da Alemanha com 50.
Nos Países Baixos, 8 das suas 12 universidades caíram em posição, incluindo a Universidade Técnica de Delft, que tinha sido considerada a 48ª melhor universidade, e ocupa agora a 56ª posição. A França também viu 19 das suas 50 instituições universitárias caírem na tabela, com 10 delas a ocuparem agora as suas piores posições.
“É fantástico ver tantas das 200 melhores universidades da Europa subirem na classificação Classificações Universitárias Mundiais.” disse Phil Baty de Tempos de ensino superior. “Mas as universidades europeias não devem ter dúvidas de que a concorrência nas classificações está a crescer de ano para ano e vem da Ásia, com as universidades da China e da Coreia do Sul, em particular, a subirem rapidamente na tabela.” Na verdade, é o segundo ano consecutivo que a representação das universidades asiáticas excede a das universidades europeias. E com cada vez mais instituições a participar todos os anos, alguns países europeus têm cada vez mais dificuldade em manter as suas posições na tabela.
Texto escrito por Carlota Vélez e editado por Isabel Leiria