Corria o ano de 2015 quando António Costa, em plena campanha contra Pedro Passos Coelho, apontou para a sua direita (e para a sua esquerda) e disse que o PS era “a referência de estabilidade do sistema político português”. Outra forma de dizer que queria que o PS fosse o partido fundamental, numa altura em que não se esperava maioria absoluta de nenhum dos lados e o “artifício” que iria criar poderia não ser possível. Foi uma frase que referiu ao longo dos seus oito anos de governo e no dia crucial para o destino do seu último governo a repetiria ao sair de Belém, depois de uma audiência em que levou a solução a Marcelo Rebelo de Sousa. Mário Centeno.
A mesma expressão, que é um todo. Programa de posicionamento político do PSD no atual espectro políticoFoi repetido por vários ministros de Luís Montenegro no palco do congresso do partido que se realizava em Braga. “A referência de estabilidade é o Governo de Portugal. “Quem diria que um Governo que não tem maioria absoluta poderia tê-la?”, disse Castro Almeida, vice-ministro da Coesão. Pedro Duarte, responsável pelos Assuntos Parlamentares, destacaria ainda que a marca deste Governo é a “estabilidade”.