A Greenvolt, empresa portuguesa de energias renováveis controlada pela norte-americana KKR, decidiu manter João Manso Neto como presidente executivo (CEO), mesmo depois de o gestor ter sido acusado de corrupção activa no processo EDP.
“Com base na informação recebida, nas conversas em curso com o Dr. João Manso Neto, e na análise efectuada até à data, a administração decidiu que não haveria qualquer alteração relativamente ao Dr. João Manso Neto como CEO da Greenvolt”, informou a empresa. Segunda-feira em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CMVM).
No mesmo comunicado, a administração da Greenvolt indica que “continuará a acompanhar a evolução do processo”.
João Manso Neto, recorde-se, foi acusado, juntamente com António Mexia, de ter corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho quando este era administrador da EDP, para beneficiar a elétrica em processos como a transição dos Contratos de Compra de Energia ( CAE). para CMEC – Custos de manutenção do equilíbrio contratual e extensão do domínio hídrico.
A defesa de Manso Neto e António Mexia disse que esta é “uma acusação infundada” e uma “fuga em frente” do Ministério Público numa investigação que durou mais de 12 anos.
Após anunciar a acusação, a REN – Redes Energéticas Nacionais informou ao mercado que a sua comissão de ética iria avaliar a situação de João Conceição, administrador da empresa desde 2009, e acusado de corrupção passiva, devido à colaboração que teve com Manuel Pinho para o suposto benefícios para a EDP.