Marques Mendes considera que "o estado falhou" durante os três dias de tumultos

Marques Mendes considera que "o estado falhou" durante os três dias de tumultos
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A morte de Odair Moniz às mãos de um agente da PSP na Amadora ocupou a parte central do comentário de Marques Mendes na SIC. O antigo líder do PSD considera que “o Estado falhou” no combate aos violentos motins que se seguiram à morte do cabo-verdiano de 43 anos e Não hesitou em apontar o dedo a Margarida Blasco: “Não tínhamos ministro da Administração Interior durante os incêndios e agora temos muito pouco. “Faltou liderança.”

O deputado Pedro Pinto, que declarou publicamente que se a polícia “atirasse para matar mais vezes, haveria mais ordem” também foi acusado de “indecência” pelo comentador: “Ele disse algo que não é dito nem na mesa do café da manhã nem na taverna.” Marques Mendes criticou ainda o Bloco de Esquerda por ter “concluído antecipadamente” que se tratava de “um caso de racismo”. E pediu “consequências” caso fique provado “que houve responsabilidade ou excesso de legítima defesa” no caso da morte de Odair Moniz.

Eleições “imprevisíveis”

Num ano há eleições autárquicas e Marques Mendes prevê que serão “imprevisíveis”. Em Lisboa, por exemplo, o comentador da SIC diz que deve haver um confronto entre “uma frente de esquerda” e uma “AD ampliada com a Iniciativa Liberal”.

No Porto, “Rui Moreira, que é independente, já não está” e “o vencedor sairá novamente do PS ou do PSD”. O comentador acredita que o PCP “vai perder Câmaras” e deu dois exemplos: “Em Setúbal, porque uma ex-presidente comunista, Maria das Dores Meira, concorre contra o partido” e em “Évora”. O Chega “não vai eleger um presidente”, mas sim “ficará com os deserdados dos grandes partidos e tirar-lhes-á votos”.

Montenegro desafiado por maior aumento das pensões

Luis Marques Mendes referiu-se também à atualização das pensões do próximo ano, desafiando Luis Montenegro a ir além do que a lei estabelece.

o comentarista citou o exemplo do PS, que quase sempre reforçou aumentos de pensões para além do legalmente exigidoe considera que ainda é necessário repetir a prática. “Não seria justo repetir esta medida agora? Eu penso que sim. Além disso, a Segurança Social terá um enorme excedente e o combate à pobreza passa também pelo apoio aos reformados mais vulneráveis.”

O Governo não se comprometeu com o aumento extra, apenas admitindo dar um novo adicional extraordinário, como o que ocorreu em Outubro, caso haja margem orçamental. Pedro Nuno Santos defende que os aumentos adicionais devem ser regularizados e incluídos no valor das pensões.

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