Seu rosto está coberto por um lenço preto para “não ser identificado pela polícia” que monitora remotamente as cerca de 3 mil pessoas que aderiram à manifestação do movimento Just Life. Mesmo assim, ele concorda em se identificar.
“O meu nome é Kiko Baldé, tenho 30 anos e moro num bairro da Amadora. Estou aqui porque a polícia não pode continuar nos tratando assim. Eles me tratam pior por causa da cor da minha pele. Se é porque ele é do bairro? Vou te contar uma coisa que sempre acontece: quando a gente faz festa e a polícia é chamada, o negro fica sempre encostado na parede com as pernas abertas.. Os brancos ficam separados. Mas sou justo. Já precisei ligar para a polícia antes, liguei e continuarei ligando quando necessário. Mas eles não podem continuar nos matando assim.”