Os Estados Unidos vão instalar um sistema de defesa antimíssil de alta altitude em Israel, que será operado por militares norte-americanos, na sequência dos ataques do Irão, anunciou hoje o Pentágono.
Num comunicado, o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, disse que a medida foi autorizada pelo ministro da Defesa, Lloyd Austin, para “ajudar a reforçar as defesas aéreas de Israel após os ataques sem precedentes do Irão a Israel em 13 de Abril e 1 de Outubro”.
O sistema em questão é denominado “Sistema Terminal de Defesa de Área de Alta Altitude” (THAAD) e segundo o Pentágono, citado pelo “New York Times”Serão necessários cerca de 100 soldados.
Na noite de 1 de Outubro, o Irão, aliado do movimento islâmico palestiniano Hamas, em guerra com Israel, disparou pelo menos 180 mísseis contra Israel, alguns dos quais atingiram território israelita.
Foi o segundo ataque iraniano com mísseis contra Israel este ano, depois do ataque ocorrido na noite de 13 de abril.
Segundo o mesmo comunicado do Pentágono, um sistema de defesa antimísseis idêntico foi instalado em Israel, país apoiado pelos Estados Unidos, após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 e, antes, em 2019.
Israel lançou uma ofensiva contra o Hamas, particularmente na Faixa de Gaza, já que há um ano o movimento islâmico palestino lançou um ataque sem precedentes em solo israelense, causando 1.200 mortes e mais de 200 reféns, segundo Israel.
Irã alerta EUA que suas tropas podem estar em perigo se forem para Israel
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, alertou os Estados Unidos no domingo que suas tropas estariam “em perigo” se fossem a Israel para administrar o sistema antiaéreo THAAD.
“Os Estados Unidos enviaram um número recorde de armas para Israel. Agora estão a pôr em perigo a vida das suas tropas ao enviá-las para gerir um sistema de mísseis americano em Israel”, disse Araghchi, numa mensagem publicada na rede social X.
O ministro garantiu que os iranianos fizeram um “enorme esforço, nos últimos dias, para conter uma guerra aberta” na região, mas que o Irão “não tem linhas vermelhas” quando se trata de defender “o seu povo e os seus interesses”.