Não uma, mas duas: Paulo Raimundo pede “mais ativismo” ao PCdoB. A propósito do XXII Congresso do PCP, marcado para Dezembro deste ano, Paulo Raimundo reflectiu sobre os recentes confrontos eleitorais que não beneficiaram os comunistas e deixou vários apelos às bases do partido para trabalharem no aumento do número de militantes. “Precisamos de mais quadros, mais activismo, mais intervenção para enfrentar todos estes desafios. [do combate ao Governo à afirmação das propostas comunistas]”, lança o secretário-geral do PCP em entrevista ao jornal “Avante!” E, em outro momento, questiona: “Temos que ter mais audácia, mais criatividade, mais militância”.
Este ano, a liderança de Paulo Raimundo enfrentou três eleições (legislativas, regionais na Madeira e europeias) e, em duas delas, sofreu os piores resultados de todos os tempos. Nas eleições legislativas, o partido passou de seis para quatro deputados, deixando para trás o Bloco de Esquerda e com cadeira equivalente à do Livre. Três meses depois, escorregou novamente e reduziu o assento em Bruxelas de dois para um deputado. Ou seja, a mudança de rostos na liderança não foi suficiente para alterar a trajetória descendente do partido.