Pedro Nuno Santos quer que o PS esteja “publicamente unido” e ataca as previsões de crescimento do Governo inferiores à “média de oito anos do PS”

Pedro Nuno Santos quer que o PS esteja “publicamente unido” e ataca as previsões de crescimento do Governo inferiores à “média de oito anos do PS”
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O secretário-geral do PS considerou hoje que o Orçamento do Estado para 2025 proposto pelo Governo “é mau pelo que tem e sobretudo pelo que não tem”, num discurso em que apelou ao partido para se apresentar como unido .

“Somos diferentes deles [coligação Aliança Democrática]Temos uma visão diferente da sociedade e teríamos Orçamentos muito diferentes. O orçamento é ruim. É mau pelo que tem e principalmente pelo que não tem”, destacou Pedro Nuno Santos, que falava no Congresso Federativo de Coimbra, que decorreu hoje nas Grutas de Coimbra.

O secretário-geral do PS destacou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante a campanha afirmou que os governos socialistas “não eram ambiciosos” e tinham “taxas de crescimento anémicas”, mas o plano orçamental apresentado pelo actual Governo a Bruxelas prevê que Portugal Vai crescer nos próximos quatro anos “menos que a média dos oito anos do PS”, que teve uma “pandemia pelo meio”.

Durante o seu discurso, Pedro Nuno Santos acusou o atual Governo de não ter “nenhuma ambição nem estratégia”, acusando mais uma vez o Executivo liderado por Luís Montenegro de não ser confiável.

Relativamente à proposta de Orçamento do Estado para 2025, o líder socialista centrou-se em três áreas daquele documento do Governo, nomeadamente, a criação de habitação para a classe média mas que elimina medidas para as populações “mais desfavorecidas” do país, a ausência de um orçamento extraordinário aumento de pensionistas acima do previsto na lei e falta de condições para atrair e reter profissionais de saúde, nomeadamente médicos, no Serviço Nacional de Saúde.

Pedro Nuno Santos sublinhou que não há apenas “duas questões” que distanciam PS e PSD na discussão do documento, criticando também a política fiscal do Governo, que, se por um lado garante poupanças aos jovens em termos de IRS , contrasta com “um aumento nos impostos sobre combustíveis”.

“Quando formos às bombas, pagaremos essa poupança”, afirmou, criticando também o Governo por não explicar esta medida de aumento do imposto sobre os combustíveis, acusando-o de promover a medida “em silêncio”.

Num discurso que durou cerca de meia hora, Pedro Nuño Santos afirmou que liderar a oposição política, neste momento, é “um processo complexo”, defendendo por isso um partido que deve apresentar-se “publicamente unido”.

“O combate é difícil, mas o PS só estará à altura se todos assumirem a responsabilidade de intervir publicamente a uma só voz”, afirmou, no que parece ser uma mensagem às vozes que têm defendido a abstenção do PS no Estado. Orçamento .

Confiança na reconquista da Câmara de Coimbra em 2025

Pedro Nuno Santos acredita também que o partido irá recuperar em 2025 a Câmara Municipal da “exigente” cidade de Coimbra, que tem capacidade “para estar no topo” do país.

“Além de todas as autarquias, há uma autarquia que vamos ganhar. O PS vai ganhar a Câmara Municipal de Coimbra. Nós vamos ganhar esta Câmara Municipal”, afirmou Pedro Nuno Santos, que discursava no Congresso Federativo de Coimbra. , onde estiveram presentes activistas, deputados e autarcas do distrito.

Em 2021, o PS, que concorreu ao cargo de presidente da Câmara, Manuel Machado, perdeu as eleições para a coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/VP), que conquistou os 43,92%, correspondentes a seis mandatos, contra 32,65% e quatro cadeiras dos socialistas.

“Nesta cidade ninguém precisa de mais quatro anos para perceber quanto tempo se perdeu. Ninguém precisa de arriscar mais um ano. Este mandato vai acabar, não devia ter começado, mas vai acabar”, frisou Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS sublinhou que Coimbra “não é uma cidade qualquer”.

“É uma cidade exigente, é uma cidade com história, é uma cidade com um grande potencial, uma cidade que pode estar no topo do país e tem condições para o fazer. o candidato/candidato de direito a ganhar esta Câmara, a fazê-la crescer, a afirmar-se no país”, destacou.

Sem revelar quem será o candidato, Pedro Nuno Santos considerou que a Câmara de Coimbra pode assumir-se como “a voz da região centro”, sentando-se “em pé de igualdade com a capital e o Porto”.

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