Cerca de 100 professores protestam esta quinta-feira em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa. Desta vez exigem um subsídio de viagem para quem leciona fora da sua área de residência.
Para combater a escassez de professores, o Governo suporte criado para compensar estadias distantes da área residencial, mas as regras definidas, segundo os professores, discriminam e desencantam a turma.
“Na minha opinião, esta medida é apenas um engodo. Não é uma medida que terá qualquer efeito a longo prazo”, afirma Cristina Oliveira, uma das professoras manifestantes.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) exige que a tutela trate todos os deslocados de forma igual, para que não haja exclusões.
“Esta é uma medida que poderia ser positiva, mas que o Ministério da Educação conseguiu transformar numa medida discriminatória”, acusou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
Para o sindicalista, deveria haver uma distinção entre apoio a quem está longe de casa e incentivo a quem quer lecionar em escolas carenciadas.
Apesar da ajuda, mesmo os assistidos lamentam que o valor seja baixo para as despesas mensais que enfrentam: pagam o teto e também as viagens para casa para ver a família.