Um churrasco em Chattanooga: minha introdução à Deep America

Um churrasco em Chattanooga: minha introdução à Deep America
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Não deveria haver ninguém que apontasse uma cidade do Tennessee como o lugar certo para descobrir a América. Mas ainda hoje estou grato a quem organizou o programa do Fundo Marshall Alemão de 2004 por me ter enviado para Chattanooga com meia dúzia de outros europeus (jornalistas, diplomatas, políticos e membros de ONG) nesse Outono. Depois de uma semana intensa em Washington, e com paragens prometidas em Pittsburgh, Chicago, São Francisco e Nova Iorque, o Tennessee era o último local onde queríamos ir.

Chattanooga era uma das cidades mais poluídas dos Estados Unidos, tinha uma indústria química ameaçada pela globalização, sinais fortíssimos de racismo e uma maioria profundamente conservadora. Um colega grego e eu morávamos na villa de um casal educado e viajante, o que facilitou a nossa estadia, mas não nos ensinou quase nada sobre a maioria sociológica daquela área, com exceção de conversas com políticos locais e fervorosos apoiadores de George W. Bush, que tentava – poucos dias depois – a reeleição presidencial, contra John Kerry.

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